Ponte metálica: em 90 dias, mais de 130 autuações por passagem de veículos acima da tonelagem
22/04/2023
0 ComentáriosMultas foram lavradas por meio do sistema de videomonitoramento e por agentes de fiscalização
A Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana divulgou esta semana um levantamento que mostra um alto número de infrações de trânsito por veículos pesados (caminhões, ônibus etc.) na antiga ponte metálica João Inácio Ferreira, sobre o rio Moji-Guaçu.
Segundo os dados, foram 132 autos de infração (multas) lavrados pelos agentes de trânsito nos últimos 90 dias. Os infratores serão penalizados com multa de R$ 130,16, conforme estabelece o artigo 187 do Código Brasileiro de Trânsito.
Em ambos os lados da ponte, placas indicam que é proibido o tráfego de caminhões e ônibus – exceção aos ônibus do transporte público municipal – ou qualquer outro veículo acima de 10 toneladas.
A fiscalização é feita por meio de câmeras de videomonitoramento, cujas imagens em tempo real são transmitidas para a central localizada na SSMU, ou ainda por agentes de trânsito, guardas civis municipais e policiais militares que flagrarem as infrações no local.
O sistema de videomonitoramento foi instalado no final de 2018, com o objetivo de impedir o tráfego de veículos pesados na ponte centenária, mas permitir a passagem de vans, furgões, ambulâncias de grande porte, Unidade de Resgate dos Bombeiros e pequenos caminhões.
Os condutores de caminhões e ônibus podem usar outros dois acessos sobre o rio Moji para desviar da ponte metálica. Um deles é pela ponte Aécio Mennucci, que liga o Centro ao bairro Cristo Redentor pela avenida Arcyr Giaretta Barcellos, e o outro é pela rodovia Anhanguera.
Histórico
A ponte metálica, verdadeira obra de arte sobre o rio Moji-Guaçu, foi construída em 1913 com todo o material importado da Inglaterra, de onde veio desmontada. Na época, atendia a principal estrada de rodagem fazendo a ligação da capital do Estado de São Paulo a Ribeirão Preto. Por ela também passava o ramal da Companhia Paulista de Estrada de Ferro que tinha o trem com bitola de 60 cm, fazendo ligação com a cidade de Santa Rita do Passa Quatro.
A ponte possuía nas colunas-base um mecanismo especial, que permitia em época de muito calor sua dilatação, fazendo pequeno movimento imperceptível aos seus usuários. Este mecanismo também fazia com que o tráfego de pesados vagões de trens não interferisse na estrutura.
Foi a única ligação sobre o rio Moji no município até 1958, quando foi construída a primeira ponte de concreto na via Anhanguera. Já a ponte Aécio Mennucci, que liga o Centro ao Parque Residencial Cristo Redentor, foi construída em 1988.
No início da década de 1990 o mecanismo que permitia o “jogo” da estrutura deixou de existir, uma vez que por baixo da ponte foi fixada uma tubulação de água. Assim, o volume de caminhões pesados começou a causar muita trepidação e consequente danos na estrutura.
No final da década de 1990 técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) fizeram um laudo em que apontaram a necessidade de se proibir a passagem do tráfego de veículos pesados. Na época placas foram instaladas nas proximidades dos acessos, indicando o limite de 8 toneladas por veículo.
Como muitos não obedeciam à sinalização, instalou-se posteriormente os limitadores de altura. O problema surgido é que este equipamento impedia o tráfego, por exemplo, das Unidades de Resgate dos Bombeiros. E constantemente sofriam avarias por motoristas que não percebiam a sinalização ou insistiam em trafegar pelo local com veículos de grande porte.
A solução foi a implantação das câmeras de videomonitoramento em tempo real, que transmitem as imagens à central da Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana, onde um agente é responsável por analisar as imagens e a partir delas emitir os autos de infração, o que também pode ser feito pelos agentes de trânsito, guardas civis municipais e policiais militares diretamente no local.
Fotos: Google Street View (19/04/2023)
Assessoria de Comunicação, Cerimonial e Eventos
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