Araras e outras cidades da região estão sem vacina contra catapora; problema começou em setembro

Araras e outras cidades da região estão sem vacina contra catapora; problema começou em setembro

Ministério da Saúde disse que deverá enviar doses do imunizante até o fim do mês.

Araras (SP) usou na segunda-feira (8) as últimas doses de vacina contra a catapora que tinha em seu estoque. Agora a cidade terá que esperar por uma nova remessa, mas não há data prevista, nem quantidade determinada.

O problema de estoque acontece desde setembro do ano passado na região (veja situação abaixo).

A situação é a mesma em outras cidades da região que, desde o segundo semestre do ano passado, estão recebnedo com o estoque baixo ou zerado e não têm vacina para atender a população:

  • 💉AraraquaraRio Claro, São Carlos e São João da Boa Vista – não têm vacina;
  • 💉Porto Ferreira – tem poucas doses;
  • 💉Pirassununga – a cidade recebeu um pequeno quantitativo em dezembro e, no momento, aguardam a nova grade mensal;
  • 💉Mococa – recebeu 90 doses em dezembro, mas quantidade é pouca para a demanda;
  • 💉Leme – vacinas estão chegando racionadas;
  • 💉Matão – tem vacinas suficientes para a população.

Falta começou no ano passado

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o imunizante está em falta porque o Ministério da Saúde enviou uma quantidade menor do que foi solicitada pelo estado.

Em setembro, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) recebeu um comunicado do Ministério da Saúde relatando indisponibilidade de aquisição e distribuição da vacina contra a varicela (catapora), por problemas relacionados à qualidade na produção internacional do imunizante, o que afetou a distribuição do imunobiológicos para os estados.

O estado precisa de cerca de 270 mil doses da vacina por mês. Em outubro, porém, recebeu cerca de 30 mil doses e, em dezembro, 50 mil.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que em março do ano passado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão do fornecimento da vacina de varicela para avaliação de uma nova composição do imunizante, sendo liberada em julho.

A interrupção do fornecimento, porém, provocou um atraso no abastecimento global da vacina, que resultou no desabastecimento em alguns estados.

O Ministério da Saúde recebeu, em novembro, 1 milhão de doses, que foram avaliadas e aprovadas pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. A expectativa, de acordo com o ministério, é distribuir mais de 500 mil doses para os estados até o final deste mês.

Vacina contra catapora

O herpes-zóster é marcado pela reativação do vírus causador da catapora — Foto: getty images

O herpes-zóster é marcado pela reativação do vírus causador da catapora — Foto: getty images

A vacina contra catapora é aplicada em duas doses, sendo a primeira aos 15 meses de idade (tríplice viral + varicela monovalente, ou tetra viral, quando disponível) e segunda aos quatro anos (varicela monovalente).

Além de proteger contra a catapora (varicela), ela também evita a herpes zoster, também conhecida como “cobreiro, que provoca uma irritação na pele dolorosa que pode aparecer como uma faixa de bolhas no tronco.

“Quando a gente vacina recebe uma imunização passiva, não pega a doença e não apresenta todos os sintomas. Além disso, ao pegar o vírus a gente pega a doença, se recupera, mas esse vírus nuca mais vai embora. Ele fica adormecido e a gente pode reativa-lo mais pra frente como a herpes zoster. Quando a gente vacina, está previamente com os anticorpos que protegem do vírus e a gente não tem risco de ter herpes zoster lá na frente”, explicou a médica Juliana Chile.

Fonte EPTV

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