Mulher de 76 anos morreu na Santa Casa de Tambaú (SP) minutos após ser medicada com calmante por técnica de enfermagem. Profissional pode responder por homicídio culposo.

O corpo de uma idosa de 76 anos foi exumado na tarde desta quarta-feira (10), em Tambaú (SP), para apuração das causas de sua morte, em novembro do ano passado.

A suspeita é que ela tenha morrido minutos após ser medicada, sem autorização médica, por uma técnica de enfermagem da Santa Casa.

O Ministério Público e a Polícia Civil investigam o caso e a profissional pode responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, caso seja comprovada a relação. O laudo deve sair em 60 dias.

A EPTV, afiliada da TV Globo, entrou em contato com o hospital, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Técnica de enfermagem foi demitida

A idosa foi internada no hospital no dia 16 de novembro do ano passado com pneumonia. Na madrugada do dia 18, segundo a Polícia Civil, a técnica de enfermagem que trabalhava no plantão medicou a idosa com um calmante devido a uma inquietação da paciente. Ela não tinha autorização do médico plantonista.

Poucos minutos depois a mulher morreu. Inicialmente o laudo do óbito apontou morte súbita, mas após alguns dias da morte a técnica de enfermagem procurou a administração do hospital e informou sobre a medicação aplicada.

Um processo administrativo foi instaurado para apurar o caso e o Ministério Público foi acionado. A técnica de enfermagem foi demitida.

Coleta de amostras em exumação

Em nota, o Ministério Público disse que a própria Santa Casa informou sobre o procedimento sem autorização.

Diante da denúncia, entrou em contato com a autoridade policial e requisitou a instauração de inquérito policial, indicando a necessidade imediata de apreensão do medicamento para futura perícia, bem como a exumação do cadáver a fim de constatar a real causa da morte.

O delegado de Tambaú Thiago Rumbim — Foto: Leandro Vicari/EPTV

A exumação do corpo foi realizada no Cemitério Municipal de Tambaú, que ficou fechado por uma hora e meia para a coleta de amostras.

“O que já se tem constatado é que é a conduta dela foi ilegal. A gente tem informação, por hora, é que foi um ato isolado sem respaldo do setor de enfermagem, chefia farmacêutica e do médico, que aparentemente não sabia o que houve quando ele atestou a morte”, destacou o delegado.

Fonte EPTV