Porto Ferreira tem apenas uma cardiologista para atender o município uma vez por semana

Porto Ferreira tem apenas uma cardiologista para atender o município uma vez por semana

Quadro de neurologista, pneumologista e oftalmologista também está defasado e consultas demoram meses. Prefeitura diz que tentou contratação emergencial, mas falta interessados.

A rede pública de saúde de Porto Ferreira (SP) tem apenas uma cardiologista para atender o município todo uma vez por semana.

Para conseguir uma consulta, moradores de Porto Ferreira têm madrugado na frente do Centro de Especialidades Médicas (CEM), esperando por uma desistência.

A Prefeitura diz que enfrenta dificuldades para repor o quadro, pois não há interessados, mesmo aumentando o valor da hora trabalhada. (veja abaixo o posicionamento completo).

A operadora de caixa Thais Marina da Silva é uma dessas pessoas. Ela tenta um atendimento para o pai de 67 anos que tem histórico de problemas cardíacos e está passando mal.

“Ele já teve um infarto e esses dias foi internado no pronto-socorro com os mesmos sintomas. Orientaram a procurar um cardiologista com urgência. Aí chegou lá [no CEM] e, que se quiser uma consulta de emergência, tem que aguardar na fila de espera, às 2h da manhã, tem que estar madrugando, e a espera é até às 3 da tarde. E não é certeza de que vai conseguir, só se algum paciente desistir”, disse.

Ela tenta ainda uma consulta para a mãe de 65 anos, que aguarda há três meses por atendimento, mas foi informada que a agenda só abre em 18 de março.

Falta de médicos

Centro de Especialidades Médicas de Porto Ferreira — Foto: Reprodução EPTV

Centro de Especialidades Médicas de Porto Ferreira — Foto: Reprodução EPTV

E não é apenas cardiologista que está em falta na saúde da cidade. Os quadros de clínico geral, cardiologista, neurologista, pneumologista e oftalmologista, além de fonoaudiólogo estão defasados.

A Prefeitura de Porto Ferreira diz que enfrenta dificuldades para repor o quadro de funcionários que se aposentaram ou pediram desligamento e que abriu contratação emergencial, mas não há interessados, mesmo aumentando a hora trabalhada de R$ 48,43 para R$ 100.

O tempo médio para conseguir uma consulta é de dois meses, segundo alguns pacientes, mas em alguns casos o prazo é maior e às vezes nem existe.

A dona de casa Jacira Márcia Brunelli aguarda por um médico neurologista.

“Mandou para fora, quer dizer, não tem médico aqui mais, tem que ir pra fora”, afirmou.

O mesmo acontece com a dona de casa Neide Magalhães que aguarda uma consulta nessa área há um ano.

A prefeitura disse que está pedindo apoio à Diretoria Regional de Saúde para que pacientes consigam atendimento especializado pela Central de Regulação do Estado e que aderiu a ao Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Metropolitana de Piracicaba (Cismetro) para suprir a falta até a contratação efetiva de mais profissionais. Disse ainda que em fevereiro abrirá concurso para a área da saúde.

Fonte EPTV

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