Alerta vermelho por ciclone: ventos persistem, temperatura cai e chuva diminui nesta quinta; veja a previsão

Ventania atinge a grande São Paulo e o litoral, enquanto chuvas diminuem no Rio Grande do Sul.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) decretou alerta vermelho ao menos até as 12h desta quinta-feira para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina por causa do ciclone extratropical que está de passagem pelo litoral do Sul do Brasil.

Depois deixar cidades tomadas por enchentes e prejuízos com os vendavais na quarta, a chuva diminui deve diminuir conforme o ciclone se afasta gradualmente da costa nesta quinta. Segundo o serviço de meteorologia MetSul, o ciclone se afasta gradualmente da costa e a chuva diminui bastante na maioria dos locais.

Veja a previsão para o dia:

Manhã de quinta

• O ciclone se desloca, atingindo Santa Catarina, onde deve provocar ressaca na faixa litorânea. A ressaca se desdobrará entre Laguna (SC) e a Campos dos Goytacazes (RJ), com ondas de até 4 metros;
• A previsão da MetSul indica rajadas extremamente fortes em áreas de altitude do Planalto Sul Catarinense até a zona de Serra do Oeste da Grande Florianópolis.
• A ventania é esperada também no leste de São Paulo e na capital paulista, com rajadas fortes principalmente no litoral.

Tarde de quinta-feira

• São esperadas pancadas de chuva na maioria das cidades do Rio Grande do Sul, e chove em poucos lugares do Paraná e Santa Catarina;
• Rajadas fortes de vento começam a atingir o Rio de Janeiro e o Sul de Minas Gerais;
• Venta muito forte no Leste catarinense e paranaense com rajadas extremas nos trechos de serra, assim como no litoral paulista e Grande São Paulo;
• A ventania continua soprando muito forte em pontos do Leste do Rio Grande do Sul, como na área da Lagoa dos Patos, na região de Porto Alegre, no litoral de Rio Grande a Torres e no Leste da Serra e Campos de Cima da Serra.

Noite de quinta-feira

• Chove ou garoa em pontos de Santa Catarina e do Paraná com maior precipitação ainda no Rio Grande do Sul, especialmente na metade Leste;
• Já o vento se torna fraco ou moderado na maior parte do estado. As rajadas mais fortes seguem em diminuição, mas persistem no Leste de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e pontos isolados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Receba alertas da Defesa Civil

A recomendação é para que os moradores das regiões por onde o ciclone deve circular se cadastrem no serviço de recebimento de alertas da Defesa Civil.

Próximos dias

Na sexta-feira (14) uma massa de ar frio começa a atuar no Sul, com previsão de geada em vários pontos e temperaturas próximas a zero nas serras gaúcha e catarinense.

Já no sábado (15), os ventos chegam ao Rio de Janeiro. Apesar de perderem intensidade, devem ser fortes no litoral do Paraná, São Paulo e Santa Catarina. Nesta data, em São Paulo, há previsão de geada no sul do estado e na Serra da Mantiqueira.

Tendência de queda na temperatura a partir de quarta-feira (14). — Foto: Reprodução/INMET

O que é ressaca do mar?

A ressaca marítima é o nome dado ao movimento anormal das ondas, com o mar se elevando acima da costa. As grandes ondas podem provocar inundações, já que o vento aumenta o nível do oceano. Isso se dá pela incidência de eventos climáticos adversos, como tufões, furacões, ciclones e tempestades.

Na faixa litorânea dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, entre Chuí (RS) e Laguna (SC), os ventos serão em direção Sudeste a Nordeste, com intensidade de até 100 km/h (55 nós), e, posteriormente, de direção Noroeste a Sudoeste, com intensidade de até 115 km/h (63 nós), entre a manhã desta quarta-feira e a manhã de sábado (15).

Já na faixa litorânea entre os estados de São Paulo e do Espírito Santo, de São Sebastião (SP) a São Mateus (ES), os ventos serão de Noroeste a Sudoeste, rodando para Sudoeste a Sul, com intensidade de até 74 km/h (40 nós), da manhã de quinta-feira (13) até a tarde de sexta-feira (14).

O que é um ciclone extratropical?

Os ciclones são sistemas de baixa pressão atmosférica, isto é, regiões causadoras de tempo adverso em grande escala. Apesar de o nome assustar, eles são mais comuns do que imaginamos.

Ao todo, existem três tipos de ciclones. Os extratropicais, por sua vez, são aqueles associados às frentes frias (regiões que demarcam o avanço de massas de ar).

Fonte G1