Bairros Jardim Paschoal Salzano e Jardim Recreio tem vacinação antirrábica nesta terça e quarta.

Após a confirmação da morte de um cavalo pelo vírus da raiva, o Centro de Controle de Zoonoses de Porto Ferreira (SP) está fazendo um levantamento para investigar se morcegos transmitiram a doença.

Nesta terça-feira (18) e quarta-feira (19), o município está fazendo a imunização de cães, gatos e equídeos nos bairros Jardim Paschoal Salzano e Jardim Recreio, que ficam perto da área onde o cavalo foi encontrado.

Investigação de morcegos

O morcego-vampiro-comum é hematófago, por isso se alimenta do sangue de mamíferos como cavalos e bois. — Foto: Maria Clara Nascimento/Arquivo Pessoal

Segundo a veterinária do Centro de Zoonoses, o trabalho de levantamento e investigação dos morcegos deve ser feito durante 90 dias. Não há outros casos suspeitos de raiva na cidade.

Ainda de acordo com Marin, o município está fazendo um levantamento da quantidade de equídeos e bovinos e quem são os responsáveis. “Para orientar que eles não podem ficar em vias públicas e que eles sejam vacinados também. A gente vai fazer uma reunião com todos os responsáveis”, disse.

Morte de cavalo

Segundo a prefeitura, após uma denúncia, um cavalo foi encontrado na zona rural. O animal morreu e teve o diagnóstico de raiva confirmado por meio do Instituto Biológico. O resultado foi divulgado pela prefeitura na quinta (13).

Cavalo morreu por raiva animal em Porto Ferreira — Foto: Prefeitura/Divulgação

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) informou que não há registro de raiva humana no estado desde 2018. “Este ano, até o momento, houve 52 casos de raiva animal em todo o território estadual, sendo um na região de Araraquara ( caso de Porto Ferreira)”.

Vacinação em bairros

Como medida preventiva a novos casos, será feito um levantamento e identificação dos equídeos (cavalo, pónei, asno e burro) do município e uma campanha de vacinação contra raiva animal nos dois bairros.

Serão vacinados cães, gatos e animais de grande porte. A vacinação antirrábica já tinha sido realizada nos bairros em dezembro do ano passado, mas agora busca atingir o maior número possível de animais.

Cães e gatos são vacinados contra raiva em Porto Ferreira — Foto: Reprodução/EPTV

Para cães e gatos, o Centro de Controle de Zoonoses realiza a vacinação gratuita durante todo o ano, sempre as segundas-feiras. O endereço é Rua João Biazolo, 255, Jardim Jandyra. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (19) 3581-5737.

Para animais de grande porte o responsável pelos animais precisa realizar a vacinação uma vez ao ano, em caso de já ter sido vacinado. Caso seja a primeira dose da vacinação antirrábica, é necessário repetir após 30 dias da primeira aplicação.

Animais de grande porte, logo após o desmame (entre 3 a 4 meses) devem ser vacinados.

O que é a raiva

Segundo o Ministério da Saúde, a raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo Vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.

“Ataca a parte neurológica, causa paralisia, convulsão. Ela é grave, mas fácil de ser prevenida”, disse Marin.

Ela é transmitida para humanos pelo contato com a saliva de um animal infectado, por meio de mordidas, lambeduras ou arranhaduras.

Medidas de prevenção e controle

• Vacine anualmente seus cães/gatos contra a raiva;
• Vacine anualmente bovinos, equinos, ovinos, caprinos, contra a raiva em áreas endêmicas;
• Procure sempre o serviço de saúde, em caso de agressão por mamíferos;
• Não deixe seu o animal de estimação solto na rua;
• Sempre que for levar seu animal para passear, utilize coleira/guia;
• Informe o comportamento anormal de animais sejam eles agressores ou não;
• Não tente separar animais que estejam brigando;
• Evite tocar em animais estranhos, feridos e doentes;
• Não perturbe animais quando estão se alimentando, bebendo ou dormindo;
• Notifique a existência de animais não domiciliados nas vizinhanças de seu domicílio;
• Informe a existência de morcegos de qualquer espécie em horários e locais não habituais (voando durante o dia, caídos no chão);
• Não entre em grutas ou furnas sem a devida proteção;
• Não traga para sua casa animais silvestres, comunique aos Órgãos de interesse, caso encontre algum.

Fonte (G1)