A Climatempo alertou sobre a intensa onda de calor do final do inverno e do começo da primavera há mais de uma semana. Como previsto, temperaturas muito elevadas começaram a ser observadas especialmente durante o primeiro fim de semana da primavera, que teve início astronômico às 3:50 do dia 23 de setembro.
E a pergunta que não quer calar agora é:
Brasil enfrenta onda de calor no começo da primavera de 2023 (Arte: Climatempo)
Uma onda de calor é o resultado de um bloqueio atmosférico causado pela persistência de um grande sistema de alta pressão atmosférica sobre uma grande área, por vários dias consecutivos.
A alta pressão atmosférica deixa o ar seco, inibe o crescimento e formação de nuvens e a ocorrência de chuva
Segundo a Organização Meteorológica Mundial, uma região enfrenta uma onda de calor quando a temperatura diária, em geral a máxima, fica pelo menos 5°C acima da climatologia (valores médios de referência para um período de 30 anos), por pelo menos 5 dias consecutivos.
No caso do Brasil, as alterações na circulação dos ventos sobre o país, impedem a mistura do ar quente com o ar mais fresco trazido pelas frentes frias, que estão sendo desviadas para alto mar depois de atuarem com força sobre o Rio Grande do Sul.
Além disso, de setembro a novembro, o Hemisfério Sul naturalmente já é mais aquecido pelo Sol. Esse é um dos motivos que faz com que a primavera seja uma estação de muito calor em grande parte do Brasil.
O sistema de alta pressão atmosférica que está causando esta onda de calor do início da primavera só deve começar a enfraquecer no final desta semana. Assim, até o dia 28 de setembro, temperaturas muito altas ainda serão observadas sobre a maioria das áreas do Sudeste e no Centro-Oeste, caracterizando uma onda de calor.
No Tocantins e no interior do Nordeste, o calor intenso, de 40°C ou mais, já é comum nesta época do ano e não pode ser propriamente associado a esta onda de calor que se instalou sobre o Brasil no final do inverno de 2023
A resposta é sim! O risco de novas ondas de calor é altamente provável, especialmente durante o mês de outubro. Isso quer dizer que sistemas de alta pressão atmosférica podem voltar a ficar estacionados sobre o Brasil durante outros períodos, até o final da primavera, gerando novas situações de bloqueio atmosféricos e outras ondas de calor.
Outubro é um mês naturalmente mais quente sobre grande parte do Brasil e mais quente do que setembro. Assim, temperaturas até mais elevadas do que as que serão observadas esta semana poderão ocorrer ao longo do mês de outubro.
A primavera de 2023 é especialmente quente por causa da influência do fenômeno El Niño. A mudança na circulação de ventos em vários níveis da atmosfera, causadas pelo fenômeno, altera o caminho normal das frentes frias sobre a América do Sul. Assim fica mais difícil a mistura do ar quente com o ar frio, de origem polar, que eventualmente possa chegar ao Brasil com as frentes frias.
O El Niño diminui a frequência das pancadas de chuva e isso também ajuda a manter o ar mais quente do que o normal sobre o Brasil. A chuva e a nebulosidade são importantes reguladores da temperatura diária. Menos nuvens, menos chuva resultam em mais hora com sol forte e mais calor.
Outros dois fatores não podem ser esquecidos. A primavera de 2023 acontece com um El Niño de forte intensidade, que vai persistir também durante o verão, dentro de uma atmosfera global em aquecimento e ainda com oceanos mais quentes do que o normal. O aquecimento anormal do oceano Atlântico Norte observado em 2023 tem influência direta no clima do Brasil.
Tudo isso vai fazer com que o Brasil ainda tenha dias de muito calor no decorrer desta primavera
Fonte CNN
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