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Bebê morre após ingerir colírio por engano em Goiás

Laudo pericial que confirmará a causa da morte deve ser divulgado em 30 dias

Ravi Lorenzo, um bebê de dois meses, morreu na madrugada de domingo (5) após ingerir um colírio para tratamento de glaucoma, que teria sido vendido por engano em uma farmácia de Formosa, município de Goiás. A criança deveria ter tomado o medicamento bromoprida, para tratar enjoo e vômito.

Segundo a Polícia Civil, o bebê estava com náuseas e febre e, por isso, foi levado pela mãe à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). No local, ele foi atendido e foram prescritos alguns medicamentos, entre eles a bromoprida.

“O avô da criança compareceu em uma farmácia para adquirir a medicação, porém, possivelmente de forma equivocada foi vendido um colírio ao invés da medicação apontada pelo médico”, diz o delegado do caso, Paulo Henrique Ferreira dos Santos.

A mãe do bebê, Emanuely Fonseca, contou que, após voltar da UPA, Ravi apresentava melhora. “Até então meu filho estava sorrindo e brincando”, conta.

Ainda segundo a mãe, por volta das 19h do mesmo dia, ela teria dado o medicamento, seguindo a prescrição. Pouco tempo depois, a criança começou a chorar e gritar de dor, por isso, foi levada novamente à UPA. Ele chegou a ser intubado, mas não resistiu. “Eu pedi tanto ele pra Deus, ele era o meu sonho”, desabafa a mãe.

As Negligências

De acordo com a Polícia Civil, as diligências foram feitas na unidade de saúde e na unidade da Drogaria Ultra Popular, onde o remédio foi vendido. A polícia ainda investiga se o atendente da farmácia, que forneceu o medicamento errado, teve a supervisão de um farmacêutico.

Segundo o delegado o “colírio foi ingerido de forma oral pela criança, o que possivelmente levou ao seu óbito”, mas a conclusão da causa da morte só deve ser apontada após 30 dias, quando deve sair o resultado da perícia.

A Drogaria Ultra Popular informou que vai contribuir com as investigações e dará os devidos esclarecimentos sobre os fatos em questão. Já o Conselho Federal de Farmácia disse que está acompanhando o caso e “destacou um farmacêutico fiscal para apurar os fatos in loco e, se necessário, abrirá um processo ético-disciplinar”.

Segundo a bula, o medicamento ingerido via oral pelo bebê é contraindicado para menores de dois anos de idade e pode causar efeitos colaterais como dificuldade na respiração, diminuição no batimento cardíaco e coma.

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