Cardiologista da Santa Casa Clínicas alerta sobre riscos da Pressão Alta

Cardiologista da Santa Casa Clínicas alerta sobre riscos da Pressão Alta

No dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, comemorado nesta quarta-feira (26), especialista falou sobre prevenção e sinais da doença.

Nesta quarta-feira (26) é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, doença que causa a morte de 388 pessoas por dia no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. A hipertensão arterial, ou pressão alta, é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca. 

A hipertensão ocorre quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo.  

O problema é herdado dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, como os hábitos de vida do indivíduo, além de: fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, elevado consumo de sal, níveis altos de colesterol e falta de atividade física.

Um relatório

Um relatório do Ministério da Saúde aponta que o número de adultos com diagnóstico médico de hipertensão aumentou 3,7% em 15 anos no Brasil. Os índices saíram de 22,6%, em 2006, para 26,3%, em 2021. Ainda de acordo com o estudo, as mulheres têm uma prevalência de diagnóstico médico maior quando comparado aos homens, De acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), de 2010 a 2020, foram registradas 551.262 mortes por doenças hipertensivas, sendo 292.339 em mulheres e 258.871 em homens.

A cardiologista da Santa Casa Clínicas, Rafaelle Silva Santos, explica que há divisão de dois tipos de hipertensão arterial, a primária, quando é geneticamente determinada ou com aumento pressórico sem causa pré-estabelecida, e a secundária, quando decorrente de outros problemas de saúde. Em todos os casos, o diagnóstico é fundamental para que seja identificada a doença e o tratamento adequado.

“O grande problema da pressão alta é justamente que ela não causa grandes sintomas, quando ela vai mostrar sintomas o paciente já está em um estado bem mais grave. A grande questão realmente é a prevenção, o rastreio da pressão arterial que as pessoas devem fazer naquela consulta do check-up de rotina”, disse Rafaelle.

O diagnóstico para descobrir se um paciente está com pressão alta é feito pelo cardiologista ou o clínico geral, por meio da medição da pressão. Porém, ela não é realizada somente uma única vez, mas sim, medidas seriadas durante um determinado tempo para acompanhamento da pressão. “Uma das opções de diagnóstico é o mapa, que é aquele que faz o acompanhamento das 24 horas da pressão que a gente consegue definir com mais segurança o diagnóstico da pressão nos casos dos pacientes que ficam mais nervosos em dia de consulta ou outros casos específicos”, explicou a cardiologista.

PREVENÇÃO

Existem vários tipos de medicamento disponíveis para tratamento e controle da pressão. Porém, quando se fala em prevenção, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável, ao manter o peso adequado e mudar hábitos alimentares, como:

  • Evitar uso exagerado do sal e alimentos industrializados;
  • Praticar atividade física regular;
  • Aproveitar momentos de lazer;
  • Abandonar o fumo;
  • Moderar o consumo de álcool;
  • Evitar alimentos gordurosos;
  • Controlar o diabetes.

“A atividade física é um fator protetor para pressão alta, só que é importante, se o paciente já tem a pressão alta, fazer uma avaliação antes da prática do exercício físico. Cabe ressaltar que a pressão alta não contraindica a atividade física e inclusive traz benefícios para quem já tem pressão alta, ajudando no controle da pressão. Na alimentação, fazer uma dieta balanceada, evitar os excessos de alimentos com sal e todos aqueles alimentos manufaturados, industrializados, que costumam ter um alto teor de sódio” disse a médica.

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