Comerciante de Brotas é preso suspeito de estuprar e filmar mais de 30 meninos em bar

Comerciante de Brotas é preso suspeito de estuprar e filmar mais de 30 meninos em bar

Investigações revelaram que abusos começaram em 2010 e que vítimas eram atraídas com doces e presentes. Com ele, polícia encontrou 6 mil arquivos de pornografia infantil.

A Polícia Civil de Brotas (SP) prendeu preventivamente, nesta terça-feira (21), um comerciante de 29 anos suspeito de estuprar mais de 30 meninos com idades entre 9 e 13 anos.

A maioria dos abusos, que começaram em 2010, foi registrada em vídeo pelo homem. Com ele, a polícia apreendeu mais de 6 mil arquivos de pornografia infantil.

Os investigadores trabalham na identificação das vítimas. Entre elas também há meninas, mas o número não foi divulgado.

O homem não teve a identidade divulgada e ainda não apresentou advogado de defesa.

Operação ‘Doce Amargo’

Suspeito de estuprar crianças é preso em Brotas — Foto: Mario de Barros/Arquivo pessoal
Suspeito de estuprar crianças é preso em Brotas — Foto: Mario de Barros/Arquivo pessoal

A operação da Polícia Civil que prendeu o homem foi batizada de ‘Doce Amargo‘, já que uma das formas que o criminoso agia para atrair as vítimas era oferecendo doces.

Os arquivos de pornografia infantil, que somaram 23 gigabytes, estavam divididos entre 67 pastas, sendo vídeos com a participação do homem e fotos baixadas da internet

Ainda de acordo com a polícia, 95% das vítimas são de Brotas, mas também foram identificadas crianças de Dois Córregos e São Pedro. Uma das vítimas já foi ouvida e disse que sofreu abuso sexual dos 8 aos 16 anos.

O suspeito é investigado por estupro de vulnerável, vezes o número de vítimas, qualificado nos seguintes artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA):

  • Art. 240: Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente;
  • Art. 241-B: Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.

Somadas, as penas podem chegar a 27 anos de prisão.

Investigações começaram após denúncia

De acordo com o investigador de polícia Mário Barros, as investigações começaram depois que a equipe recebeu uma denúncia anônima, pelo 181, sobre os possíveis estupros.

Ao vistoriarem os aparelhos, foi encontrado um vasto material que comprovava os estupros de vulneráveis. A partir daí, foi solicitado o pedido de prisão preventiva, que foi concedido nesta terça.

Ainda de acordo com o investigador, o trabalho da polícia agora é identificar todas as vítimas e coletar o depoimento de todos.

Fonte EPTV

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