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Comitê se reúne nesta quinta (19) para definir plano antiapagão e horário de verão

Brasil passa pela pior seca dos últimos 94 anos e, com a chegada do calor, deve enfrentar picos mais altos de consumo de energia

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico realiza, nesta quinta-feira (19), no Rio de Janeiro, uma reunião extraordinária em que deve ser apresentado um plano de contingência para evitar apagões e garantir a segurança no fornecimento de energia elétrica no país até 2026.

O governo tem demonstrado preocupação com o assunto porque o Brasil passa pela pior seca dos últimos 94 anos e, com a chegada do calor, deve enfrentar picos mais altos de consumo.

O comitê é formado pelas principais autoridades do setor elétrico: ministro e secretários do Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e Empresa de Pesquisa Energética, entre outros.

Isso impacta diretamente a produção de energia nas hidrelétricas. Os rios que abastecem os reservatórios das usinas estão com volume abaixo da média histórica, sobretudo no Norte do país.

A consequência é o acionamento de usinas térmicas, que são mais caras e poluem mais, ou no gasto da reserva estratégica de água em outras usinas para enfrentar o período seco nas regiões Sudeste e Centro-Oeste

Com o acionamento das termelétricas, por exemplo, houve a mudança no patamar das bandeiras tarifárias para o nível máximo em setembro, o que aumenta a conta da energia elétrica em cerca de 10%.

Um dos principais desafios do setor elétrico tem sido justamente o chamado “horário de ponta”, de pico da demanda por energia, entre 18h e 19h. É um momento em que os parques solares deixam de produzir energia fotovoltaica e as usinas eólicas costumam produzir menos, pela baixa intensidade dos ventos, que geralmente são mais fortes à noite e de madrugada.

Em 2014, essas duas fontes renováveis de geração representam apenas 2,2% da matriz elétrica. Hoje, já são mais de 20% de toda a energia produzida no país. Isso significa que, quando não estão disponíveis, o sistema como um todo fica mais vulnerável.

Nesse caso, é preciso acionar as hidrelétricas com mais intensidade consumindo mais água armazenada nos reservatórios — ou ligando usinas térmicas a gás natural, a carvão ou a óleo.

Fonte CNN

Porto Ferreira Online

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