Divisão de Ensino discutiu o Transtorno Opositor Desafiador em formação online para profissionais da Educação

Divisão de Ensino discutiu o Transtorno Opositor Desafiador em formação online para profissionais da Educação

Psicóloga apresentou informações e sugestões de manejo dos desafios dentro da sala de aula

A convite da Divisão de Ensino da Secretaria de Educação, a psicóloga Lígia Camilo Zampronio realizou uma formação online para os profissionais da rede municipal de ensino, no último dia 26 de julho, acerca do Transtorno Opositor Desafiador – TOD. A live é parte integrante de um ciclo de palestras organizado pela equipe multiprofissional da Seduc. Por vezes, o transtorno é confundido com birra ou falta de educação.

A psicóloga, que já atuou no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Porto Ferreira, explanou sobre o transtorno, suas causas, suas características e como os profissionais da Educação podem identificá-lo. Normalmente, o diagnóstico não é realizado em crianças com idade para frequentar a Educação Infantil, já que algumas características se assemelham com as da própria infância. A rede municipal de ensino de Porto Ferreira possui cerca de 10 crianças laudadas com TOD.

Os principais sintomas do Transtorno Opositor Desafiador são: ansiedade, agitação, dificuldade em controlar as emoções, humor irritável, comportamento agressivo, brigas com colegas, descumprimento de normas e regras, provocação dos adultos responsáveis (professores e equipe), dificuldade em seguir as atividades propostas, frustração ao ser repreendido e reação de birra.

O TOD não é considerado um transtorno de aprendizagem, pois seus sintomas não afetam cognitivamente a aprendizagem, mas dificultam as relações interpessoais, que podem gerar conflitos no âmbito escolar, levando às dificuldades no desenvolvimento pedagógico, na atenção, na aquisição de novas informações e potencializando a baixa autoestima, que pode causar desinteresse e evasão escolar.

As crianças e adolescentes com TOD geralmente possuem baixa autoestima, acreditando que são um problema para todos, que não conseguem ter amigos e que não são tão bons ou importantes quanto outras pessoas de sua idade. Esses pensamentos podem ser decorrentes do fato de serem rotulados como desrespeitosos por brigar demais e não obedecer, o que tem ligação direta com seus comportamentos impulsivos, desafiadores e opositores.

O transtorno também se manifesta por comportamentos obstinado, argumentativo e desafiador. Esse padrão do comportamento geralmente resulta em grandes prejuízos no funcionamento pessoal, familiar, social e educacional. Daí a importância de o professor avaliar estratégias pedagógicas que tenham como objetivo motivá-los.

De acordo com a psicóloga, o professor precisa criar vínculos com o aluno, possibilitando construções bem-sucedidas, para que o aluno possa vê-lo de forma respeitosa. Do contrário, o aluno com TOD poderá sustentar a percepção da figura de autoridade como alguém ameaçador.

“O momento de formação possibilitado pela psicóloga Lígia é de grande importância para nossa rede e complementa o trabalho desenvolvido por nossa equipe multiprofissional e pela Coordenação Pedagógica de Educação Especial”, comentou a chefe da Divisão de Ensino, professora Keila Marcondes.

Assessoria de Comunicação, Cerimonial e Eventos

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