O local de possível contágio dos casos fica às margens do Rio Corumbataí, em área de preservação ambiental, próxima ao bairro Jardim Panorama.
A Vigilância Epidemiológica de Rio Claro (SP) confirmou, nesta quinta-feira (10), a morte de um homem por febre maculosa. Uma criança também está internada com a doença. Os resultados dos dois exames foram divulgados pelo Instituto Adolfo Lutz. (veja abaixo como é o contagio e os sintomas).
Os dados sobre as vítimas não foram divulgados. Segundo a prefeitura, o homem tem entre 50 e 60 anos e a criança tem menos de 10 anos.
O local de possível contágio dos dois casos, segundo a prefeitura, fica às margens do Rio Corumbataí, em área de preservação ambiental, próxima ao bairro Jardim Panorama, onde há a circulação de equinos e bovinos.
“Por se tratar de mata ciliar, lá possivelmente também circulam capivaras e outros animais. No local também foi constatada presença de ninfas de carrapato (micuins)”, informou a prefeitura.
O caso mais recente de febre maculosa registrado em Rio Claro foi em 2021 e o paciente foi curado. O último óbito pela doença no município foi em 2014.
De acordo com a prefeitura, estão sendo realizadas ações preventivas que incluem a sinalização do local, conscientização de profissionais de saúde e população e contato com a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen).
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente fará análises na região.
A Vigilância Epidemiológica de Rio Claro está alertando a população para que evite contato com qualquer área de mata, especialmente às margens de córregos, rios e lagos, e locais com circulação de animais silvestres, capivaras e cavalos.
Quem apresentar quadro de febre e mialgias e que frequentou algum desses locais nos últimos 14 dias deve procurar atendimento médico, sendo muito importante informar ao profissional de saúde tal situação de risco.
Um levantamento feito pelo g1 em junho, com base em mapa do governo do estado apontou que 29 municípios da regiao tinham as áreas de risco para febre maculosa, entre eles Rio Claro, que teve um caso em 2021.
Em municípios próximos houve mortes nos últimos anos: em Araras foram duas mortes em 2020 e duas em 2021, além de um caso curado em 2022; em Leme, houve três casos em 2022, sendo que duas pessoas morreram e uma se recuperou.
Também houve mortes em Santa Cruz da Conceição, em 2021, e em São Carlos, também em 2021. Neste ano, pelo menos seis pessoas morreram da doença em Campinas.
A febre maculosa é transmitida pelo carrapato tipo estrela, que em 1% dos casos podem estar infectados, parasitando várias espécies de animais silvestres. Há no estado duas espécies da bactéria causadora da doença.
No interior do estado, a doença passou a ser detectada a partir da década de 1980, nas regiões de Campinas, Piracicaba, Assis, em áreas mais periféricas da região metropolitana de São Paulo e no litoral, mas em uma versão mais branda.
Os principais sintomas da doença são:
Fonte EPTV
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