Uma oportunidade única de celebrar a tradição da música caipira e homenagear um dos grandes ícones desse gênero musical

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa de Porto Ferreira anuncia o 16º Festival de Música Raiz e Sertaneja Zé Carreiro, uma homenagem ao pioneiro do estilo sertanejo/caipira, Lúcio Rodrigues de Souza, mais conhecido como Zé Carreiro. O evento está marcado para os dias 17, 18 e 19 de maio, no Espaço Luiz Antônio Camarotti, no Parque Linear (Centro).

As inscrições para participar do festival já estão abertas e vão até 28 de abril. Interessados em apresentar sua arte devem se inscrever gratuitamente pelo formulário online no link abaixo. É necessário enviar a letra da música em PDF e a música em formato MP3 para o e-mail cultura@portoferreira.sp.gov.br para validar a inscrição.

O regulamento do festival deve ser lido cuidadosamente por todos os participantes. Destaca-se a exigência de que as composições sejam inéditas, tanto na parte literária quanto musical, além da proibição de plágio. Os participantes também devem ceder seus direitos de imagem e som para a promoção do evento.

Além das premiações para as três melhores músicas, haverá reconhecimento para o melhor intérprete, melhor letra e melhor instrumentista. As músicas serão avaliadas considerando letra, arranjo, adequação ao estilo caipira/raiz, interpretação e execução.

Mais detalhes sobre o festival, incluindo dúvidas sobre o regulamento e o formulário de inscrição, podem ser sanadas também pelo e-mail da Secretaria de Cultura, ou pelo telefone (19) 3585-5700.

O 16º Festival de Música Raiz e Sertaneja Zé Carreiro é uma oportunidade única de celebrar a tradição da música caipira e homenagear um dos grandes ícones desse gênero musical, Zé Carreiro, cujo legado continua vivo e inspirador até os dias de hoje.

Link do Regulamento do Festival: https://drive.google.com/file/d/1z9Htcd_tIRue5marjF_dWHGVOy1EzHrM/view

Link do Formulário de Inscrições: https://forms.gle/ZDQwLJXiLNKajXNb8

Quem foi Zé Carreiro

Lúcio Rodrigues de Souza, mais conhecido pelo nome artístico de Zé Carreiro, foi um dos pioneiros do estilo sertanejo/caipira. Nasceu no dia 24 de dezembro de 1922, numa fazenda que fazia divisa com Santa Rita do Passa Quatro. Aos sete dias de vida, foi batizado na antiga Igreja de São Sebastião, de Porto Ferreira, passando mais tarde a residir na cidade.

Aos 15 anos foi empregado da Cerâmica Porto Ferreira. Posteriormente, mudou-se para São Paulo.

No final da década de 1940, depois de cantar em diversas duplas, conheceu Adauto Ezequiel, natural de Bofete, formando a dupla que foi batizada pelo compositor Armando Rosas com o nome Zé Carreiro e Carreirinho.

Sempre ligado a Porto Ferreira, onde passou a infância e adolescência, Zé Carreiro sempre mencionava a terra do balseiro João Ferreira, o rio Moji-Guaçu, a vida da caça, do mato, em inúmeros carurus e modas de viola que compôs.

No dia 5 de julho de 1950, a dupla estava nos estúdios da gravadora Continental, para as duas primeiras gravações em disco (bolachão) de 78 rpm, com as músicas Canoeiro (cururu) e Ferreirinha (moda de viola), com grande sucesso.

Zé Carreiro e Carreirinho fizeram apresentações em circos, bailes, shows, rádios de todo o Brasil e seguiram outras gravações em disco, até 1958, quando se separaram.

Durante um ano, Zé Carreiro fez parceria com Pardinho, que em 1959 fez dupla com Tião Carreiro, ou seja, Tião Carreiro & Pardinho. Nesse ínterim, Carreirinho fez dupla com Tião Carreiro. No dia 21 de maio de 1970, Lucio Rodrigues de Souza faleceu na cidade de São Paulo. Porto Ferreira, para eternizar e homenagear a pessoa de seu compositor e representante da música interior paulista destinou-lhe, em 1985, o nome de uma rua do bairro Alto do Serra D’água.

No ano seguinte, a senhora Célia Ribeiro e o professor Luiz Rosa Camargo, através do GEMT (Grupo Ecológico Minha Terra), organizaram uma homenagem ao compositor, recebendo sua mãe, então com 88 anos, diversos familiares e amigos que presentearam o Museu Histórico e Pedagógico com a viola de Zé Carreiro, alguns discos de 78 rpm, seus dados biográficos e fotografias. Zé Carreiro gravou mais de 50 discos de 78 rpm, alguns LPs e dois compactos.

Devido a problemas de surdez e nas cordas vocais, teve dificuldade para continuar gravando, entretanto, sua inspiração não esmoreceu.

Zé Carreiro e Carreirinho foram consagrados como Os Maiores Violeiros do Brasil.

Assessoria de Comunicação, Cerimonial e Eventos