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Mãe de judoca que morreu afirma que UPA de Rio Claro não tinha medicamento e oxigênio

Matheus Amarante morreu aos 23 anos, na unidade do Cervezão. Mãe diz que precisou comprar remédio, mas Fundação de Saúde negou a falta e que seguiu os protocolos médicos.

A mãe do judoca Matheus Amarante, que morreu no último dia 10 de outubro, diz que o filho de 22 anos não recebeu a inalação e o oxigênio receitados pelo médico na UPA Cervezão, em Rio Claro (SP). Segundo ela, a unidade não tinha os medicamentos necessários e precisou buscar na farmácia.

A Fundação de Saúde nega a falta de medicamentos e oxigênio e afirma que foram seguidos os protocolos médicos.

Segundo o atestado de óbito, Amarante morreu de insuficiência respiratória grave e asma aguda, às 5h10 de segunda-feira (10), poucas horas após dar entrada na UPA.

UPA do bairro Cervezão, em Rio Claro — Foto: Ronaldo Oliveira/EPTV

Segundo Virginia

O atleta foi levado à UPA pouco depois da 1h da manhã, ao retornar para Rio Claro depois de passar o final de semana em São Sebastião, onde integrou a equipe de judô que participou da 84ª edição dos Jogos Abertos, morrendo horas depois.

Segundo Virginia, o filho fazia tratamento para bronquite alérgica e, durante a viagem de volta, ligou reclamando de falta de ar. Ao chegar, resolveu ir para casa, mas logo depois, foi levado pela mãe e pela noiva para a UPA do Cervezão.

Após passar pelo atendimento médico, o judoca foi encaminhado para a enfermaria para tomar a medicação, mas, de acordo com a mãe, não haveria parte do tratamento indicado pelo médico.

O judoca Matheus Amarante e a mãe Virginia Chagas. Atleta morreu após passar por atendimento em UPA de Rio Claro. — Foto: Arquivo pessoal

Virginia conta que quando foi comprar o remédio, o filho ainda estava bem. “Fui avisá-lo que ia sair para ir à farmácia e ele disse: ‘Pode ir, mamis, tranquilo'”, lembrou.

Logo em seguida, ele foi para a sala de internação onde foi intubado e teve uma parada cardíaca.

Bronquite alérgica

A mãe de Amarante conta que o judoca nasceu com bronquite alérgica e foi desenganado pelos médicos. “Disseram que ele não ia se recuperara e que eu não iria levar meu filho para casa.”

Contrariando os prognósticos, a criança teve alta 12 dias após o nascimento e teve uma infância e adolescência muito ativa.

Para ajudar no tratamento da bronquite, aos 6 anos, Amarante entrou na natação e aí nasceu um esportista que fez judô, jiu-jitsu, capoeira e futebol e começou a participar de competições.

Após um tratamento na adolescência, aos 15 anos, ele fez a primeira viagem para competir em cinco países e não parou mais. A última viagem foi para São Sebastião. A mãe disse que ele passou um fim de semana feliz e animado.

Fonte G1

Porto Ferreira Online

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