Medicamento para câncer de mama reduz risco de recorrência em 25%

Medicamento para câncer de mama reduz risco de recorrência em 25%

Produzido pelo laboratório Novartis, o medicamento ribociclibe tem foco contra o tipo mais comum de câncer de mama, chamado HR+/HR2-

Um tratamento em teste contra o câncer de mama em estágio inicial demonstrou ser capaz de reduzir o risco de recorrência em 25%. De acordo com resultados de um grande ensaio clínico, divulgados nesta sexta-feira, 2.

Os resultados preliminares foram publicados durante a maior conferência anual de especialistas em câncer, realizada pela Sociedade de Oncologia Clínica Americana (ASCO), em Chicago.

Este “é um ensaio clínico muito importante que vai mudar a prática” dos médicos, disse Rita Nanda, oncologista da Universidade de Chicago, que não participou do ensaio.

O medicamento ribociclibe é desenvolvido pela Novartis contra o tipo mais comum de câncer de mama, chamado HR+/HR2-.

Ele já é utilizado juntamente com a terapia hormonal para as pacientes afetadas por câncer em estágio avançado, com metástase.

O objetivo deste novo estudo foi testar o medicamento para câncer em estágio inicial (1 a 3).

Geralmente, o tratamento de câncer envolve cirurgia, radioterapia, uma possível quimioterapia e, em seguida, anos de terapia hormonal.

Apesar disso, “um terço das pacientes com câncer de mama em estágio 2 (…) terá uma recorrência”, disse o oncologista da Universidade da Califórnia, Dennis Slamon, ao apresentar os resultados em uma coletiva de imprensa. “E essas recorrências podem acontecer em duas ou três décadas após o diagnóstico”, revelou.

Mais de 5 mil pessoas participaram do ensaio clínico. Metade tomou o medicamento ribociclibe juntamente com a terapia hormonal. Outra metade tomou exclusivamente a terapia hormonal.

Os resultados preliminares revelaram que o risco de recorrência diminuiu 25% com o ribociclibe. O medicamento atua nas proteínas (CDK4 e CDK6), que afetam o crescimento das células cancerígenas.

Novas esperanças

Dois outros tratamentos com inibidores de CDK – palbociclibe e abemaciclibe – também são aprovados para o câncer de mama metastático.

O abemaciclibe também foi recentemente aprovado nos Estados Unidos para a doença em estágio inicial. Mas apenas para mulheres com alto risco de recorrência cujos gânglios linfáticos também são afetados.

Rita Nanda enfatiza que o ribociclibe pode representar uma opção para mulheres cujos gânglios linfáticos não são afetados.

“Provavelmente haverá muita discussão sobre o nível de benefício para os pacientes. Os tipos de efeitos colaterais e os pacientes para os quais há benefício real do uso desse tipo de medicamento para prevenção”, disse o chefe do departamento de oncologia e médico do Instituto Curie, Jean-Yves Pierga, durante uma coletiva de imprensa em separado.

Todos os anos, mais de 2 milhões de casos de câncer de mama são diagnosticados em todo o mundo. E a doença causa mais de 600 mil mortes por ano. A maioria dos diagnósticos é feita no estágio inicial.

Fonte Exame

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