Médico é acusado de 2 casos de violação sexual mediante fraude em São Carlos

Médico é acusado de 2 casos de violação sexual mediante fraude em São Carlos

Gustavo Gimenez Alves também foi denunciado por casos de importunação sexual em Itirapina, mas defesa diz que ele pagou multa e o processo foi extinto. Ele foi demitido de hospital.

O médico Gustavo Gimenez Alves é acusado de dois casos de violação sexual mediante fraude em São Carlos (SP), segundo informações do Ministério Público. Ele responde por eles em liberdade.

Alves também foi denunciado por casos de importunação sexual em Itirapina, mas o processo foi extinto após acordo com o MP com pagamento de multa. Ele foi demitido pela prefeitura em dezembro do ano passado.

Investigação e pedido de prisão

Segundo a assessoria da Promotoria de Justiça Criminal, as acusações de São Carlos foram recebidas pela 2ª Vara Criminal.

Após investigações, a Polícia Civil pediu a decretação de prisão cautelar, que foi recusada pelo Ministério Público e pela Justiça. As ações seguem em segredo de Justiça e não foram divulgados detalhes.

Ainda de acordo com a promotoria, o processo aguarda designação de audiência de instrução, quando os envolvidos são ouvidos pela justiça. Procurada pelo g1, a defesa dele em São Carlos preferiu não se manifestar.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) disse que ainda investiga os casos envolvendo Alves e que o processo corre sob sigilo. No site do órgão, o CRM de Alves continua ativo.

O que é a violação sexual mediante fraude

O crime de violação sexual mediante fraude, também conhecido como “estelionato sexual“, está no artigo 215 do Código Penal:

Em caso de condenação, a pena varia de 2 a 6 anos de prisão. Nesse tipo de crime, uma pessoa se aproveita da confiança da outra, como, por exemplo, na relação entre médico e paciente, e usa isso para enganar a vítima. Ela só percebe que está sendo alvo de abusos quando eles já estão acontecendo.

Em um dos casos registrados em São Carlos em setembro de 2022, a paciente relatou que procurou atendimento em um hospital particular por estar com cólica de rim e o médico realizou procedimentos inadequados. O profissional foi afastado após a denúncia.

Não foram divulgados detalhes do ocorrido. O caso foi incialmente registrado pela polícia como estupro consumado.

O outro caso, que também não teve detalhes divulgados, foi registrado inicialmente como importunação sexual, que é o ato libidinoso praticado contra alguém, e sem a autorização, a fim de satisfazer desejo próprio ou de terceiro. Contudo, os dois casos foram considerados violação sexual mediante fraude.

Casos de importunação sexual em Itirapina

Hospital São José em Itirapina — Foto: Prefeitura de Itirapina/Divulgação
Hospital São José em Itirapina — Foto: Prefeitura de Itirapina/Divulgação

Dois casos de importunação sexual aconteceram no Hospital São José, em Itirapina, onde o médico era plantonista no setor de urgência e emergência. De acordo com a Polícia Civil, em uma ocorrência são duas vítimas e, em outra, uma.

Todas as mulheres são funcionárias da área da saúde. As datas das ocorrências não foram divulgadas.

O advogado Alexandro de Oliveira Padua, que defendeu Alves nesse processo, informou que foi firmado um acordo firmado com o MP. O médico pagou uma multa e o processo foi extinto. O valor não foi divulgado.

O g1 entrou em contato com a promotoria, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.

Fonte EPTV

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