Metade das mulheres terá infecção urinária: conheça causas e como se prevenir

Metade das mulheres terá infecção urinária: conheça causas e como se prevenir

Doença também atinge homens, e pode ter complicações perigosas se não for tratada corretamente. Especialistas compartilham orientações e dicas valiosas de prevenção e tratamento.

Se você é mulher e ainda não teve um episódio de infecção urinária até agora em sua vida, pode comemorar: segundo dados do Ministério da Saúde, você faz parte dos 50% da população feminina que não foi afetada pela doença. Pelo menos até agora, claro.

A infecção urinária – cujo nome técnico é Infecção do Trato Urinário, ou ITU – é, de fato, muito comum entre as mulheres. Os números variam, mas estima-se que elas tenham o dobro de chances de serem afetadas pela doença do que os homens, e alguns estudos apontam que 30% delas sofrerão de forma recorrente com o problema.

Segundo a Dra. Vanessa Banin, nefrologista do Instituto Hélder Polido, centro de referência em saúde em São Carlos, um dos principais motivos para isso é a própria anatomia do trato urinário feminino.

“A uretra é o canal que expele a urina da bexiga, mas, nas mulheres, essa estrutura é mais curta do que nos homens. Além disso, existe a proximidade entre a vagina e o ânus. Essa composição de fatores anatômicos gera uma predisposição maior para a ocorrência desse tipo de infecção no sexo feminino”, explica a especialista.

Essas condições aumentam as chances de haver algum tipo de contaminação bacteriana, que é um dos principais agentes causadores da doença. Além desse, outros fatores associados como causas da infecção urinária nas mulheres podem ser alterações da flora vaginal, gravidez, desequilíbrios hormonais, diabetes, imunodepressão e até mesmo fatores genéticos.

“A prática sexual pode aumentar o risco de infecção na bexiga das mulheres, pois as bactérias da flora vaginal podem ser transferidas durante o ato, devido ao movimento e proximidade da uretra feminina. Para prevenir possíveis infecções, é recomendado urinar após o sexo, especialmente em momentos de baixa imunidade, quando as bactérias podem se fixar na parede da bexiga, desencadeando uma infecção. É importante ressaltar que esse tipo de infecção não é transmitido sexualmente, pois as bactérias são da própria flora vaginal da mulher. Além disso, o uso de produtos de higiene íntima pode alterar a composição da flora vaginal, aumentando o risco de complicações”, explica a Dra. Vanessa, especialista em Nefrologia pela UNESP e membro titular da Sociedade Brasileira de Nefrologia.

E os homens?

Nos homens, a infecção urinária é menos comum, mas também ocorre. Neles, as causas tendem a ser diferentes, geralmente associadas a alguma dificuldade de esvaziar a bexiga. Isso pode acontecer por conta do aumento da próstata, mesmo benigno, ou devido a estenoses, que são afunilamentos, da uretra

Homens também podem sofrer com infecções urinárias — Foto: Crédito: Divulgação

Homens também podem sofrer com infecções urinárias — Foto: Crédito: Divulgação

Quais são os tipos de infecções urinárias?

Os médicos do Instituto Hélder Polido explicam que o termo infecção urinária, na verdade, pode se referir a diversas infecções diferentes, que podem acometer vários órgãos do sistema urinário.

A mais conhecida é a cistite, quando a infecção acontece na bexiga. Mas também existem infecções da uretra, chamada de uretrite, e no rim, a pielonefrite. No caso específico dos homens, também podem acontecer infecções associadas à próstata (prostatite) ou aos testículos (orquite e orquiepididimite).

Médicos das áreas de nefrologia e urologia, com base em exames específicos, são capazes de identificar qual tipo de infecção está acometendo cada paciente.

Tratamento

O tratamento é realizado à base de antibióticos e analgésicos, e dura poucos dias. Mas quando a origem da infecção envolve outros agentes, como é o caso da pedra no rim ou aumento da próstata, é preciso tratar desses fatores também.

Embora seja uma patologia relativamente comum e com protocolos de tratamento bastante consolidados, é importante não descuidar.

A especialista ressalta que ao identificar qualquer sintoma ou dificuldade para urinar, buscar a orientação de médicos especializados é imperativo. Infecções urinárias, se não tratadas de forma adequada, podem evoluir para recorrências persistentes, desenvolver resistência bacteriana devido ao uso abusivo e inadequado de antibióticos, e, em situações extremas, desencadear uma septicemia, colocando em sério risco a vida do indivíduo.

Como prevenir?

Dr. Hélder e Dra. Vanessa dão dicas de como evitar que a infecção urinária feminina se torne um problema recorrente. Segundo os especialistas, as principais recomendações são:

  • beber bastante água para manter a urina bem diluída e ajudar a eliminar bactérias do trato urinário
  • fazer xixi após as relações sexuais
  • evitar o uso de produtos de higiene íntima com fórmulas agressivas, que podem desequilibrar a proteção natural da região genital
  • não segurar o xixi por muito tempo
  • lavar bem as mãos ao usar o banheiro
  • fazer a higiene correta após urinar ou evacuar, usando o papel higiênico no sentido correto (nunca de trás para frente)

No Instituto Hélder Polido, pacientes sofrendo com infecção urinária podem receber atendimento de diferentes especialistas. Isso se deve à Medicina Integrativa, uma abordagem da medicina que propõe um olhar mais abrangente sobre cada paciente, geralmente envolvendo médicos de áreas complementares, como a nefrologia e a urologia, entre outras.

Além de contar com um Núcleo de Disfunções Miccionais, o IHP também oferece atendimento de urgência para casos emergenciais, quando o paciente está enfrentando dor extrema ou em situações de risco, que podem evoluir para casos mais graves. É o caso de muitas pessoas sofrendo com infecções urinárias.

Fonte EPTV

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