O apresentador segue internado após realizar um transplante de rim em fevereiro deste ano; equipe afirma que o novo órgão ainda não está funcionando.
O apresentador Fausto Silva, o Faustão, segue internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, após realizar um transplante de rim. De acordo com nota divulgada por sua equipe na quinta-feira (14), o novo rim do artista ainda não está funcionando e o apresentador precisou passar por um processo de embolização para “resolver questões linfáticas” que poderiam ser responsáveis por esse atraso.
De acordo com Elias David Neto, nefrologista do Hospital Sírio-Libanês, um rim transplantado que veio de um doador falecido como é o caso do transplante que Faustão foi submetido leva, na maioria dos casos, uma média de 7 a 10 dias para começar a funcionar.
Quando há um transplante de coração prévio, existem outros fatores que podem fazer o rim demorar mais para funcionar e cada caso precisa ser avaliado. No Brasil, 50% a 60% dos rins levam esse tempo médio para voltar a funcionar normalmente”, afirma David Neto.
Vale lembrar que, em agosto de 2023, Faustão também passou por um transplante de coração. Naquela época, o apresentador enfrentava um quadro de insuficiência cardíaca. O coordenador do Centro Especializado em Nefrologia e Diálise do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Américo Cuvello Neto, comentou, que tanto o transplante de coração, quanto o quadro de insuficiência cardíaca, poderia levar a danos na função renal.
Antes de um órgão ser doado, ele é conservado em uma caixa térmica para manter a temperatura adequada, com a adição de conservantes, até ser transplantado para o doador.
De acordo com Luiza Ferrari, nefrologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, esse período “fora do corpo” é denominado “isquemia fria” e colabora para a demora do funcionamento do órgão transplantado, principalmente quando o doador é falecido.
“A demora para o funcionamento decorre do tempo de isquemia fria. O órgão doado sofre alteração de perfusão, temperatura, pressão e o atraso é mais comum no doador falecido pois, geralmente, esse doador estava em outro hospital e leva um tempo até o órgão ser transportado para o hospital do receptor”, explica.
Enquanto o novo rim não funciona, o paciente transplantado deve seguir em internação e realizando diálise até que o órgão doado funcione adequadamente. Além disso, são constantemente realizados exames laboratoriais e a medição diária do peso corporal e da quantidade de urina eliminada (diurese), segundo Ferrari.
Para receber alta, além do funcionamento adequado do rim transplantado, o paciente precisa apresentar queda do valor da creatinina em exames laboratoriais e ultrassom do novo órgão dentro da normalidade. “Isso pode levar, em média, de 5 a 7 dias [depois que o novo rim passa a funcionar adequadamente]”, afirma a especialista.
Segundo nota divulgada por sua equipe, Faustão passou, nesta semana, por um processo de embolização para resolver questões linfáticas que poderiam estar atrasando a recuperação do artista após o transplante de rim, que foi feito no dia 26 de fevereiro.
A embolização é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo no qual um cateter é introduzido em um vaso sanguíneo ou linfático por meio de um acesso pela virilha ou pelo braço. O objetivo é interromper o fluxo de sangue ou de linfa (líquido que circula no sistema linfático e que faz parte do sistema de drenagem do corpo) de um local do corpo de forma proposital.
“Embolização nada mais é do que o ato de bloquear parcialmente ou totalmente a passagem de sangue ou de linfa dentro de uma determinada estrutura do corpo humano, como uma artéria, veia ou ducto linfático. Esse bloqueio é totalmente controlado pelo médico que faz isso, que é o radiologista intervencionista”, explica Francisco Cesar Carnevale, Chefe do Serviço de Radiologia Vascular Intervencionista do Hospital Sírio-Libanês.
A embolização pode ser feita com a ajuda de equipamentos de imagem, como um angiógrafo, um tomógrafo ou um ultrassom, que permitem fazer o cateterismo (introdução de cateter em um vaso sanguíneo ou linfático) para chegar à estrutura afetada, conforme explica o especialista.
Além disso, são utilizados “agentes embulizantes“, que servem para interromper o fluxo de sangue ou de linfa no local determinado. Esses agentes podem ser microesferas, pequenas esferas metálicas, ou líquidos com substâncias “colantes” para bloquear a passagem do sangue ou da linfa.
No caso de um rim transplantado, a embolização é importante para desobstruir o conteúdo linfático que pode estar afetando o funcionando do órgão transplantado, de acordo com Ferrari.
“Se não ocorrer essa desobstrução com a embolização do conteúdo linfático, esse acúmulo de linfa no local promoverá uma obstrução e compressão do rim, reduzindo o fluxo sanguíneo local e acarretando problemas para o órgão transplantado, impedindo seu funcionamento”, explica a nefrologista.
Com isso, o processo de embolização, então, pode ajudar na recuperação de Faustão após o transplante e facilitar o funcionamento adequado do rim transplantado.
Fonte CNN
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