Dia Mundial da Prematuridade é comemorado nesta quinta-feira, 17 de novembro.

<em>Dia Mundial da Prematuridade é comemorado nesta quinta-feira, 17 de novembro.</em>

MÉDICA DA SANTA CASA E MÃE DE GÊMEAS FALAM SOBRE DESAFIOS DA PREMATURIDADE.

“Cada dia é uma luta, cada dia é uma vitória”, diz a jovem Luana Ruy da Cruz, de 17 anos, mãe das gêmeas Aurora e Safira. As filhas nasceram no último dia 7 de novembro com 34 semanas de gestação e estão internadas na UTI Neonatal da Santa Casa de São Carlos.

Nesta quinta-feira, dia 17 de novembro, é comemorado o Dia Mundial da Prematuridade, onde diversas organizações e entidades buscam realizar ações sobre prevenção aos partos prematuros e formas de melhorar a situação de bebês e de famílias como a de Luana.

A pediatra e Coordenadora do eixo materno infantil da Santa Casa, Danielle Cristina Penedo, explica ser considerado prematuro o bebê que nasce antes de 37 semanas de gestação, sendo a principal causa de mortalidade infantil até os 5 anos de idade. “As principais causas de prematuridade estão relacionadas a doenças obstétricas e ginecológicas como, por exemplo, hipertensão arterial, diabetes gestacional, doenças uterinas, infecções como a de trato urinário, tabagismo, uso de álcool e drogas. Então tudo isso influencia no parto do bebê”, disse.

A melhor forma

“A melhor forma de evitarmos um parto prematuro é um pré-natal com uma abordagem múltipla. Então a gestante deve passar com ginecologista, obstetra, nutricionista, cardiologista, para controlar os fatores de risco”, complementou.

Mãe pela primeira vez, Luana explica que já era esperado o nascimento prematuro das suas filhas, porque elas estavam na mesma placenta. No entanto, lidar com essa informação não foi fácil. “Quando eu soube que iria ter um parto prematuro, eu fiquei com muito medo. Mas, ao mesmo tempo, eu queria ficar muito tranquila, porque eu não poderia passar para elas esse receio que eu tinha de perdê-las”, disse.

A jovem conta ainda como busca lidar com o nascimento prematuro das filhas e toda a insegurança trazida por isso. “Eu tento me tranquilizar ao máximo, porque aqui a gente sabe que estamos em boas mãos. Eu tento estar presente o máximo possível, busco me informar, saber mais, sempre procuro estar perto. Então eu busco tentar ser presente o máximo possível e, acima de tudo, acreditar em Deus, independente da religião, para poder me tranquilizar”, afirmou.

IMPORTÂNCIA DA HUMUNIZAÇÃO

Para a Coordenadora do eixo materno infantil da Santa Casa, ações de humanização com as famílias e bebês na UTI Neonatal são essenciais. Uma delas é o chamado método canguru, técnica que promove um contato pele a pele entre a mãe ou o pai e o bebê. “Nós realizamos diversas iniciativas para reforçar o laço afetivo, que estimulem o desenvolvimento do bebê prematuro. Assim os vínculos são reforçados, mantém a criança aquecida, estimula o aleitamento materno, entre muitos outros benefícios”, disse.

Além disso, quando o bebê recebe alta da UTI Neonatal e é levado ao berçário, a mãe pode permanecer com ele por 24 horas. No local, ela aprende todos os cuidados necessários para levar o filho para casa em segurança.

APOIO DA FAMÍLIA

Apesar de receber todo o suporte da equipe médica e de enfermagem da Santa Casa para buscar superar esse momento difícil, com as pequenas Aurora e Safira internadas, Luana também conta com o apoio da família e do namorado. “A minha mãe teve parto prematuro, eu tive outras pessoas da família que tiveram partos prematuros, outras complicações. Então essa é a minha rede de apoio e vamos sempre conversando por experiências, com eles me tranquilizando e estando presentes”, disse.

“Temos esse medo, essa insegurança, quando fala de parto prematuro, mas o amor que a gente cria, que a gente pega, demonstra, acaba sendo maior e passamos por cima”, complementou Luana Ruy da Cruz.

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