Unesp de Araraquara cria membrana à base de babosa e látex para tratar psoríase
10/11/2023
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Tratamento é considerado complementar, além de ser natural, barato e sustentável.
Um grupo de pesquisadores de Bioengenharia e Biomateriais da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara (SP) desenvolveu um método à base de babosa para tratar a psoríase, doença autoimune e não contagiosa, que provoca manchas rosadas ou avermelhadas na pele, recobertas por escamas esbranquiçadas.
De acordo com o pesquisador Flávio Alexandre Carvalho, trata-se de uma membrana que evita o ressacamento da pele. O tratamento é complementar e utilizado para dar conforto a quem está sofrendo com a doença.
“Traz mais alívio para o paciente, além de não ter tantos efeitos colaterais, principalmente no caso do ressecamento da pele”, afirmou.
Por ser uma doença crônica, a psoríase não tem cura e, geralmente, é tratada com o uso de cremes, pomadas e medicamentos. O tratamento criado pela Unesp é uma membrana à base de látex e Aloe Vera, conhecida popularmente como babosa, que pode ser aplicada diretamente na lesão e é considerado sustentável, natural e barato.
De acordo com o cientista, o teste biológico com a junção de babosa e do látex se mostrou eficaz no tratamento da doença e também na questão da segurança quando o produto foi testado em células de sangue e de pele.
O processo para a produção da membrana teve início em 2018 e contou com a participação de 25 pessoas, entre docentes e alunos, incluindo colaboradores dos Estados Unidos, Chile, Bélgica e Eslováquia. A pesquisa foi publicada na revista International Journal of Biological Macromolecules.
Passo a passo
Para o desenvolvimento do curativo, foram utilizadas 4 mililitros de látex e 2 ml de babosa
Segundo o professor, o custo laboratorial de cada membrana é de R$ 0,10 a R$ 0,15.
Próxima etapa
Segundo o pesquisador Mateus Scontri, a pesquisa agora busca parcerias para a realização de outros testes.
Psoríase
A psoríase não é contagiosa e ainda não há cura definitiva. De acordo com o Ministério da Saúde, 30% dos casos são de origem genética, atingindo pessoas com idades entre 20 e 40 anos. Estresse emocional, traumas ou irritações na pele, infecções na garganta, baixa umidade do ar ou efeitos colaterais de certos tipos de medicamentos estão entre as causas da psoríase.
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Manifestações na pele e no couro cabeludo são comuns em quem tem psoríase — Foto: Egor Kulinich / Getty Images
Os sintomas mais comuns são lesões róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas, que afetam a pele, especialmente em cotovelos, joelhos, couro cabeludo, unhas, palmas das mãos e plantas dos pés.
O tratamento deve ser sempre indicado por um médico. Nos casos mais leves, normalmente são prescritos medicamentos como pomadas, loções, shampoos ou gel.
Fonte EPTV
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