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Urticária colinérgica: entenda o que causa alergia ao suor

A condição é comumente relacionada à prática de atividade física, com os sintomas surgindo após o exercício

Sente coceira após fazer algum exercício físico mais intenso ou em um dia de forte calor? Esse é um sinal sugestivo de urticária colinérgica, conhecida popularmente como alergia ao suor.

A urticária colinérgica é um dos tipos da urticária crônica e está relacionada à atividade física”, explica Beni Grinblat, dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein

Urticária é um tipo de irritação na pele caracterizada por lesões avermelhadas e levemente inchadas que levam à coceira intensa. Existem dois tipos, classificados conforme a duração dos sintomas: a aguda, quando desaparecerem em menos de seis semanas, e a crônica, que persistem por mais tempo.

A urticária colinérgica, por estar relacionada ao suor, é comumente ligada à prática de atividade física, com os sintomas surgindo após o exercício. No entanto, outras situações podem desencadear a alergia.

“A principal característica da urticária colinérgica é o aparecimento de lesões na pele, como uns pequenos carocinhos, principalmente quando o paciente faz exercício. Mas isso pode ocorrer em outras situações em que há o aumento da temperatura corporal e a sudorese”, completa Régis de Albuquerque Campos, coordenador do departamento científico de urticária da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

Os principais sintomas da urticária colinérgica, de acordo com os especialistas, são:

  • Pequenas lesões na pele, como “bolinhas”, que aparecem, principalmente, na região do tórax, rosto e pescoço;
  • Vermelhidão na pele;
  • Coceira intensa;
  • Em casos raros, podem surgir inchaço, dor de cabeça, diarreia e queda da pressão arterial.

Quais são as causas e fatores de risco?

As causas exatas da urticária colinérgica ainda não estão totalmente determinadas, de acordo com Campos. “Uma das suspeitas é que alguns componentes do suor podem desencadear um processo alérgico, mas ninguém sabe exatamente por que isso acontece em algumas pessoas”, afirma.

O especialista afirma que, de forma geral, os pacientes que possuem urticária colinérgica são mais jovens, entre 20 e 30 anos, mas a condição pode acometer outras idades. “Além disso, são pacientes que, muitas vezes, têm outras alergias, como rinite ou asma. Então, acredita-se que pode ser uma combinação de predisposição individual com idade e presença de alergia respiratória”, completa.

Como tratar a alergia ao próprio suor?

O tratamento da urticária colinérgica pode ser feito com medicações do grupo de anti-histamínicos, específicos para tratar sintomas de reações alérgicas. “Existem, ainda, algumas medicações que chamamos de imunobiológicos, indicados para os casos mais crônicos e de difícil controle”, afirma Grinblat.

No entanto, Campos ressalta que é importante ter o diagnóstico correto da urticária colinérgica antes de iniciar o tratamento. “É importante identificar os fatores desencadeantes da urticária, como piora [dos sintomas] com o banho quente, o tipo de exercício e o estilo de vida do paciente”, orienta o especialista.

“Alguns pacientes precisam usar anti-alérgicos de modo contínuo. Nesses casos, é necessário que sejam medicamentos que não comprometam a qualidade de vida, chamados de anti-alérgicos de segunda geração. Eles não dão sono para o paciente, nem aumentam o apetite, por exemplo”, acrescenta.

Os especialistas ressaltam, ainda, que é importante estar atento aos sinais de alerta da urticária para buscar a consulta médica quando necessário. “O aparecimento dessas lesões de modo frequente, principalmente quando o paciente começa a ter esses sintomas com atividades cada vez menos intensas, é um grande sinal de alerta. Ou seja, é o caso em que ocorre o comprometimento da qualidade de vida do paciente, podendo deixar de trabalhar, de frequentar universidades, entre outros”, afirma Campos.

É possível prevenir?

Não existe uma forma de prevenir a alergia ao suor, ou seja, uma forma de evitar que a condição apareça pela primeira vez. “Não existe prevenção primária. O que existe é, depois do diagnóstico, descobrir qual o limite de exercício físico que pode ser feito e iniciar o tratamento adequado”, afirma Campos.

Para evitar episódios intensos de alergia, é importante tomar alguns cuidados, como:

  • Tomar banho logo após o exercício, evitando água quente;
  • Evitar alimentos com condimentos;
  • A depender da orientação do dermatologista ou alergista, tomar medicação antes da atividade física;
  • Repousar após a atividade física.

Fonte CNN

Porto Ferreira Online

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